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Jean-Jacques Rousseau e Friedrich Nietzsche em defesa da liberdade

por Rafael Teixeira

ÍNDICE:

* 1. Introdução
* 2. A questão da piedade
* 3. O interesse pelo bem-estar e a vontade-de-potência
* 4. A propriedade e a vontade-de-verdade
* 5. O entregar-se unicamente ao sentimento da existência atual e o eterno retorno
* 6. Jean-Jacques Rousseau e Friedrich Nietzsche em defesa da liberdade
* 7. Bibliografia

1. INTRODUÇÃO

“… são, todos, indícios funestos de que a maioria de nossos males é obra nossa e teríamos evitado quase todos se tivéssemos conservado a maneira simples, uniforme e solitária de viver prescrita pela natureza.”
(Jean-Jacques Rousseau, Discurso sobre a desigualdade)

“Tenho como fórmula um princípio. Todo naturalismo na moral, isto é, toda sã moral, está dominada pelo instinto da vida; [...] A moral antinatural, isto é, toda moral ensinada, venerada e predicada até agora, se dirige, ao contrário, contra os instintos vitais e é uma condenação já secreta, já ruidosa e descarada desses instintos.”
(Friedrich Nietzsche, Crepúsculo dos ídolos)

O presente trabalho é certamente audacioso. Aproximar dois filósofos controversos e de discursos aparentemente distintos e desconexos, não pode ser considerado tarefa de pouco esforço. E, com efeito, não é.

Dentre muitas questões prévias, uma suscita particular interesse e prescreve sua resposta de antemão: com que finalidade estabelecemos paralelos entre discursos? É isso, somente, uma despretensiosa distração intelectual ou um real e proveitoso empreendimento? Não iremos tão longe. Por hora, basta que limitemos a questão ao caráter peculiar dos discursos filosóficos (e especialmente dos discursos aqui tratados) e encontraremos sua possível resposta em uma outra questão, retórica: podem filósofos livres e condizentes com a seriedade e especificidade da interrogação filosófica, afirmar quase o oposto a respeito de uma mesma realidade?

O ingênuo ou tendencioso julgo da tradição nos leva a crer que sim. Mas, já aqui, indico um ponto em comum entre Jean-Jacques Rousseau e Friedrich Nietzsche: a disposição quase imperativa em romper com a tradição.

2. A QUESTÃO DA PIEDADE

“… enquanto resistir ao impulso interior natural da comiseração, jamais fará qualquer mal a um outro homem, nem mesmo a um ser sensível, exceto no caso legítimo em que, encontrando-se em jogo sua conservação, é obrigado a dar preferência a si mesmo.”
(Jean-Jacques Rousseau, discurso sobre a desigualdade)
“E por isso o homem nobre impõe a si mesmo o dever de não envergonhar; quer ter recato perante todo o que sofre. Em verdade, não me agradam os misericordiosos, os que se comprazem na sua piedade; são demasiado faltos de pudor…”
(Friedrich Nietzsche, Assim falava Zaratustra)

Proponho aqui, uma elucidação da questão que é geralmente apontada como a principal divergência entre os dois filósofos: a questão da piedade.

De acordo com o discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Rousseau, a repugnância natural por ver perecer ou sofrer qualquer ser sensível e principalmente nossos semelhantes é um princípio da alma humana anterior à razão (o homem é, portanto, naturalmente piedoso). Nietzsche, em uma primeira e descuidada análise, afirma exatamente o oposto: a piedade é um valor inferior, um valor de escravos, contrário e até mesmo hostil aos instintos vitais. Estarão eles falando de uma mesma “piedade”?

É certo que não. Essa apressada contraposição entre os dois discursos se deve, muito provavelmente, a uma falta de clareza entre o que Rousseau atribui ao homem em seu estado de natureza, e o que Nietzsche aponta como sendo nocivo ao homem de rebanho (ao homem em seu estado civil). A piedade não pode nunca coagir em detrimento do instinto de conservação da vida no estado de natureza; a piedade, tal como Rousseau a emprega, não tem o caráter de um ato, muito menos de um dever ético: é tão somente a qualidade de não causar um dano inutilmente a um outrém, principalmente aos nossos semelhantes. É também uma objeção a representação defendida, entre muitos outros, pelo inglês Thomas Hobbes (o homem é o lobo do próprio homem quando encontra-se em seu estado primitivo): o desconhecimento da bondade não implica necessariamente na realização da maldade.

Do mesmo modo, Nietzsche condena a moral de ressentimento, de escravos, vingativa, que diz Não a um “fora”, a um “outro”, a um “não-eu”. O homem é, segundo o filósofo alemão, uma ponte para o super-homem. Deve, portanto, superar a si mesmo, e não necessariamente a um outrém.

Fica patente, portanto, que não há graves divergências entre os dois pensadores no que diz respeito a questão da piedade. Podemos prosseguir.

3. O INTERESSE PELO BEM-ESTAR E A VONTADE-DE-POTÊNCIA

“… alma humana, creio nela perceber dois princípios anteriores à razão, um dos quais interessa profundamente ao nosso bem-estar e à nossa conservação.”
(Jean-Jacques Rousseau, Discurso sobre a desigualdade)

“O que é bom? – Tudo aquilo que desperta no homem o sentimento de poder, a vontade de poder, o próprio poder. O que é mal? – Tudo o que nasce da fraqueza. O que é a felicidade? – A sensação de que o poder cresce, de que uma resistência foi vencida.”
(Friedrich Nietzsche, O Anticristo)

“Em cada animal vejo somente uma máquina engenhosa a que a natureza conferiu sentidos para recompor-se por si mesma e para defender-se, até certo ponto, de tudo quanto tende a destruí-la ou estragá-la. Percebo as mesmas coisas na máquina humana, com a diferença de tudo fazer sozinha a natureza nas operações do animal, enquanto o homem executa as suas como agente livre.” Cabe-nos aqui, analisar o argumento acima, retirado do discurso sobre a desigualdade, de Rousseau, e estabelecer uma relação com a concepção de vontade-de-potência em Nietzsche.

Não incidiremos aqui em um erro muito comum presente em diversas interpretações da obra de Nietzsche: reduzir a significação de vontade-de-potência a uma pré-ocupação com a conservação da vida. A significação de vontade-de-potência é certamente muito maior.

Neste ponto, exponho a principal divergência (essa sim, uma real divergência) entre os dois pensadores: a faculdade do homem de aperfeiçoar-se. Mas é essa divergência, ao mesmo tempo, um importante ponto em comum: ambos reconhecem no homem a liberdade e a capacidade de criação, de aperfeiçoar-se. O desacordo está, pois, não nas faculdades que são admitidas em ambos os discursos como constitutivas da natureza humana, e sim no valor que é atribuído a cada uma delas.

No discurso sobre a desigualdade, a faculdade do homem de aperfeiçoar-se, distintiva e quase ilimitada, é indicada como a fonte de todos os males. É o desenvolvimento das paixões e das indústrias da “máquina humana” que estabelece uma relação de dependência com o mundo e desvia-a de suas necessidades naturais. Em oposição, o filósofo alemão reconhece na capacidade de auto-superação o princípio fundamental do homem e o destino de sua existência como realização de sua vontade-de-potência. O homem é um meio. É preciso, portanto, que seja superado, que se sobreponha a suas fraquezas, em busca de seu fim: o super-homem.

De qualquer modo, fica implícita a interrogação da qual nos ocuparemos daqui em diante, até o final deste trabalho: é o homem no estado de natureza, interessado somente pelo seu bem-estar e pela sua conservação, tal como Jean-Jacques Rousseau o descreve em seu discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade, mais próximo de se tornar um além-do-homem? Soube a espécie humana, no decorrer de sua existência, fazer bom uso dessa faculdade de aperfeiçoar-se, dessa sua capacidade de criação? Eis aqui uma questão que suscita muitas outras. Mas não convém, aqui, irmos tão longe.

“… e logo reconhecereis qual a vantagem de sempre ter todas as forças à sua disposição, de sempre estar pronto para qualquer eventualidade e de transportar-se, por assim dizer, sempre todo inteiro consigo mesmo.” Destacamos aqui uma qualidade comum ao homem em estado de natureza e ao super-homem idealizado por Nietzsche: a obediência única aos seus instintos e, portanto, a ausência de qualquer sujeição a um outrém.

Não nos cabe aqui, examinar se é o homem que obedece somente a si mesmo inteiramente livre ou não. É suficiente que se torne explícita a condição de dependência a qual o homem é levado quando é submetido a moral de rebanho, quando é, por fim, domesticado (os dois autores empregam este termo). É natural que a sociedade (não entenda-se aqui sociedade no sentido lato da palavra) seja hostil aos instintos vitais e até mesmo a conservação da espécie humana. É natural que a sociedade seja hostil ao próprio homem.

4. A PROPRIEDADE E A VONTADE-DE-VERDADE

“… pode-se imaginar como escaparam a homens que só julgavam as coisas pelo primeiro aspecto. [...] Como teriam podido, por exemplo, imaginar ou compreender as palavras matéria, espírito, substância, moda, figura, movimento,umas vez que [...] as idéias relativas a tais palavras, sendo puramente metafísicas, não se poderiam encontrar delas qualquer modelo na natureza? ”
(Jean-Jacques Rousseau, Discurso sobre a desigualdade)

“’O mundo-verdade e o mundo-aparência’ – essa antinomia é reconduzida por mim a relações de valores. Projetamos nossas condições de conservação como atributos de ser em geral. O fato de que, para prosperar, impõe-se a estabilidade em nossa crença, levou-nos a afirmar que o ‘mundo-verdade’não é mutável e flutuante no devir, mas que ele é o ser.”
(Friedrich Nietzsche, Vontade de potência)

Arriscaremos, de início, uma afirmação: O homem no estado de natureza não tem vontade-de-verdade. Mas o que é a vontade-de-verdade? O que no homem sente vontade-de-verdade? Respondo: tudo o que foge ao que há de mais natural, tudo o que é contrário ao devir que constitui a nossa existência. A vontade-de-verdade é a objeção do homem à sua própria natureza.

Naturalmente, o homem no estado de natureza não tem vontade-de-verdade. A verdade ainda não ganhou substancialidade, não é entendida como coisa-em-si. É, pois, tudo o que aparece, tudo o que se mostra, tudo o que é aspecto. O engodo da substância, da coisa-em-si, ainda não o iludiu. O homem no estado de natureza sabia viver.

Em que momento de sua existência o homem conspirou insidiosamente contra sua natureza? Em que momento, segundo as palavras de Jean-Jacques Rousseau, foi comprada uma “tranquilidade imaginária pelo preço de uma felicidade real”? No momento em que o homem deixou de ser homem. No momento em que sentiu-se fraco e vulnerável, disse não a si mesmo e à sua natureza e, ressentido, amaldiçoou o devir e excogitou: “Isso é!” Nascia, assim, a vontade-de-verdade como uma pretensa posse de toda a realidade. Nascia a propriedade como realização de uma vontade-de-verdade.

5. O ENTREGAR-SE UNICAMENTE AO SENTIMENTO DA EXISTÊNCIA ATUAL E O ETERNO RETORNO

“Sua alma, que nada agita, entrega-se unicamente ao sentimento da existência atual sem qualquer idéia do futuro, ainda que próximo, e seus projetos, limitados como suas vistas, dificilmente se estendem até o fim do dia.”
(Jean-Jacques Rousseau, Discurso sobre a desigualdade)

“E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: ‘Esta vida, assim como tu a vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes; e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indizivelmente pequeno e de grande em tua vida há de retornar, e tudo na mesma ordem e sequência’ – [...] Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasse assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal em que lhe responderias: ‘Tu és um deus, e nunca ouvi nada mais divino!’”
(Friedrich Nietzsche, A gaia ciência)

Retomaremos a questão que, aparentemente, foi esquecida em “O interesse pelo bem-estar e a vontade-de-potência”: é o homem no estado de natureza, interessado somente pelo seu bem-estar e pela sua conservação, tal como Jean-Jacques Rousseau o descreve em seu discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade, mais próximo de se tornar um além-do-homem? Soube a espécie humana, no decorrer de sua existência, fazer bom uso dessa faculdade de aperfeiçoar-se, dessa sua capacidade de criação?

Com efeito, a questão não foi esquecida e nem colocada em segundo plano. Estamos a caminho de sua resposta. No entanto, resta ainda uma última e fundamental questão: o tempo como propriedade.

O homem em estado de natureza, idealizado por Rousseau, não possui previdência, entrega-se unicamente ao sentimento da existência atual. É o exemplo do Caraíba, que “de manhã vende o colchão de algodão e de tarde chora, querendo readquiri-lo, por não ter previsto que na noite seguinte necessitaria dele.”

Somente com a negação à vida e com a vontade de se instituir posse de toda a realidade, o tempo foi substancializado e suposto como propriedade do homem. Antes disso, fazendo uso das palavras do filósofo de Genebra, “sua imaginação nada lhe descreve, o coração nada lhe pede.” A espécie humana encontrava tudo o que suas necessidades lhes prescrevia.

O mito do eterno retorno é a fórmula de aceitação incondicional à vida, é a fórmula que elimina o “não à vida” e impõe que cada instante seja vivido, afirmado como único, do mesmo modo que fazia o “homem primitivo”.

O homem em estado de natureza está sendo. Não se ilude que foi, que será ou que possa ser. Que infeliz acaso levou o homem a cultivar esperanças por um futuro incerto e ressentimentos por um passado que não mais existe? No momento em que o homem amaldiçoou o devir e excogitou “isso é!”, amaldiçoou também sua existência e a de toda a espécie humana. Julgou-se liberto de sua natureza, mas, no entanto, só encontrava grilhões.

É possível que já tenhamos o suficiente para que arrisquemos uma provisória resposta à nossa questão. Com efeito, não será essa uma decisiva resposta: o desenvolvimento de nossa interrogação já alcançou o ponto em que a resposta é quase uma inconveniencia, uma estupidez. Talvez já nem mesmo a nossa questão tenha tanto sentido quanto antes. Em todo caso, alguma coisa ainda tem vontade-de-verdade.

6. JEAN-JACQUES ROUSSEAU E FRIEDRICH NIETZSCHE EM DEFESA DA LIBERDADE

“O cidadão, ao contrário, sempre ativo, cansa-se, agita-se, atormenta-se sem cessar para encontrar ocupações ainda mais trabalhosas; trabalha até a morte, corre no seu encalço para colocar-se em situação de viver ou renunciar à vida para adquirir a imortalidade; corteja os grandes, que odeia, e os ricos, que despreza; nada poupa para obter a honra de servi-los; jacta-se orgulhosamente de sua própria baixeza e da proteção deles, e, orgulhoso de sua escravidão, refere-se com desprezo àqueles que não gozam a honra de partilhá-la.”
(Jean-Jacques Rousseau, Discurso sobre a desigualdade)

“Eu vos apresento o Super-homem! O Super-homem é o sentido da terra. Diga a vossa vontade: seja o Super-homem, o sentido da terra. Exorto-vos, meus irmãos, a permanecer fiéis à terra e a não acreditar em que vos fala de esperanças supraterrestres. São envenenadores, quer o saibam ou não. Não dão o menor valor à vida, moribundos que estão, por sua vez envenenados, seres de que a terra se encontra fatigada; vão se por uma vez!”
(Friedrich Nietzsche, Assim falava Zaratustra)

Retomo então, novamente, à questão que aqui vem sendo discutida, desta vez com o intuito de concluir o presente trabalho com sua provisória resposta: é o homem no estado de natureza, interessado somente pelo seu bem-estar e pela sua conservação, tal como Jean-Jacques Rousseau o descreve em seu discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade, mais próximo de se tornar um além-do-homem? Soube a espécie humana, no decorrer de sua existência, fazer bom uso dessa faculdade de aperfeiçoar-se, dessa sua capacidade de criação?

O homem, a patir do momento em que deixou de ser homem, só encontrou (criou) grilhões. Decidiu-se pelo caminho da tranquilidade imaginária e do ilusório “cerco” à natureza (entendida aqui como “physis”), estabelecendo uma relação de posse, de propriedade com o devir, mesmo que, para isso, fosse preciso enganar-se e renegar sua real liberdade. Esqueceu-se de que é ele também natureza, physis, e tornou-se posse de suas abstrações.

Em oposição, o homem em seu estado de natureza ainda não foi submetido a engodos e é, pois, livre para superar-se em busca não de um erro, de uma quimera, mas do além-do-homem, do homem que diz sim à cada instante de sua vida e entrega-se unicamente ao sentimento da existência atual. É preciso “aprender” com o homem primitivo, com o real e único homem. O homem no estado de natureza sabe viver.

Jean-Jacques Rousseau e Friedrich Nietzsche, concluímos, não afirmavam o oposto e nem tinham discursos tão distantes quanto se imagina. Quando se estabelece um paralelo entre os dois filósofos, desvela-se pelo menos um fundamental ponto em comum: o amor à liberdade (à natureza) que impõe a necessidade de se romper com a tradição (grilhões).

“Por que fitas-me assim, oh! caveira incolor?
Teu cérebro, qual meu, outrora divagava,
Buscando a luz do dia e da aurora o esplendor
E almejando a Verdade, em erros mergulhava!
Até vós, instrumentos, escarneceis agora,
Campânulas, cilindros, rodas e retorta.
Eu a entrada a forçar, vós sois a chave, embora,
Que ao trinco não se ajusta e nunca abre a porta.
Coberta de mistério, assim, em plena luz,
A Natura não tira os seus véus nevoentos.
Se nunca revelou o que a alma seduz,
Arrancar-lhe não podes com tais instrumentos.”

(Johann Goethe, Fausto)

7. BIBLIOGRAFIA:

ROUSSEAU, Jean-Jacques, <>Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo, Ed. Nova Cultural, 1999;
NIETZSCHE, Friedrich, Assim falava Zaratustra, Tradução de Mário da Silva. Rio de Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, 1981;
NIETZSCHE, Friedrich, Vontade de potência, Tradução de Mário D. Ferreira Santos. Rio de Janeiro, Ed. Ediouro, 1988;
NIETZSCHE, Friedrich, Crepúsculo dos Ídolos, Tradução de Edson Bini e Márcio Pugliesi. Rio de Janeiro, Ed. Ediouro, 1988;
NIETZSCHE, Friedrich, O anticristo, Tradução de Pietro Nassetti. São Paulo, Ed. Martin Claret, 2003;

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